Publicado em 21/06/2015, Às 7:00
Parece um paraíso. Mas a Ilha de Itamaracá enfrenta poluição ambiental (muito lixo nas praias), sonora e ainda omissão do poder público. No Forte de Orange (ao fundo), iniciativa privada providencia limpeza do entorno.
Conte lembra que se no passado Itamaracá era uma das praias mais requisitadas no Estado, e que atualmente o que ocorre é o contrário. Na quadra onde reside, quase todas as casas estão à venda. “Só não estão três, incluindo a minha no meu quarteirão”, comenta. E desabafaba: “O pior é que ninguém quer comprar as abandonadas. Depois, acrescenta: “A situação é tão triste, que ultimamente fecharam duas pizzarias, uma galeteria, dois restaurantes de comida regional”, denuncia. Ele reclama, ainda, que a última via que ganhou asfalto foi em 1990, e que os acessos para a marina da praia estão se inviabilizando, principalmente no inverno. “É futebol sendo jogado livremente, motos na praia, cachorros e cavalos tomando banho de mar, e sujeira de sobra. Veraneio há 21 anos nessa ilha, e para ser sincera, nunca vi passar um gari em frente da minha casa”, diz Ângela Pedroso. “Como se isso não bastasse, tem poluição sonora em todo canto. Os bares ligam som alto, os frequentadores abrem o porta malas dos seus carros com som potente, e ninguém faz nada”. Ela afirma que, aos sábados e domingos, o barulho chega perto do insuportável. O condomínio onde veraneia fica ao lado de um bar: “é muito comum o barulho explosivo e simultâneo do bar, dos automóveis e dos próprio condomínios. Ninguém respeita ninguém, e lei para coibir esses abusos, que seria bom, ninguém vê nem o rastro. Cada um que exagere mais do que o outro, e chato é só quem reclama”, desabafa ela.
Praias como a do Pilar, Jaguaribe e o próprio Forno da Cal estão imundas, segundo relatam os leitores. Eles dizem que o lugar menos sujo é o entorno do Forte de Orange, um dos principais atrativos turísticos da Ilha, e que está entre os mais procurados. Embora atualmente esteja fechado para visitas – devido a escavações arqueológicas e obras de restauração – mesmo assim atrai visitantes, que ficam em bares próximos a ele, ou na Coroa do Avião, defronte do Forte, e cujo acesso é feito de jangada, lancha ou canoa. De acordo com funcionários do Centro de Mamíferos Aquáticos, que fica na vizinhança, a limpeza da área é feita com ajuda da iniciativa privada (há um hotel no local) e até dos barraqueiros, porque temem o sumiço de turistas. Há pouco tempo, em visita a Vila Velha – um dos locais históricos da ilha – o que a repórter testemunhou foi desolador: um abandono completo e absoluto.
Fonte: Jornal do Comercio
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