Com o Carnaval já batendo à porta, Olinda ainda precisa arrumar a casa para dar conta do expressivo aumento no número de visitantes. No Sítio Histórico, a população denuncia o estado de deterioração das pedras centenárias que formam o calçamento das tradicionais ladeiras. O fluxo desordenado de veículos, assim como o estacionamento irregular nas vias, se mostram como os principais vilões. De acordo com a prefeitura, cerca de R$ 600 mil são gastos anualmente com a manutenção da área. No entanto, os seixos e paralelepípedos estão soltos em diversos pontos, produzindo, além de grandes buracos, o risco de acidentes. O plano de circulação, prometido para sair do papel este ano, ainda não tem cronograma definido. Até lá, sem regras específicas para a mobilidade, os problemas tendem a se multiplicar.
Na Ladeira da Misericórdia, uma das rotas de acesso ao Alto da Sé, o amontoado de pedras chama a atenção, configurando o quadro de abandono. Para os pedestres, parte do trajeto se tornou impraticável. “A execução é sempre de serviços paliativos, sem materiais que possam dar conta do peso. Não existem reparos periódicos e as crateras só vão aumentando”, criticou o músico Plínio Varjão, de 65 anos. Outro morador que também conhece de perto os problemas da área é o restaurador Jorge Luna, 44. “Já sofremos com insegurança, falta de limpeza e de iluminação. E ainda acabamos disputando espaço com carros de todos os lugares”, disparou. Ele cita gastos em virtude de constantes avarias em seu veículo. “Não existe mola ou suspensão que resista”, disse.
Para fugir dos congestionamentos na Rua do Sol e na avenida Sigismundo Gonçalves, condutores ainda insistem em desviar o caminho pelo Sítio Histórico para chegar mais rápido ao Largo do Varadouro. A diretora de Mobilidade de Olinda, Karla Leite, afirma que, apesar de necessárias, as ações precisam de ampla discussão. “É algo que não dá mais para ser resolvido até o Carnaval. No período da festa, teremos bloqueios específicos. Contudo, a ideia é de posteriormente implantar uma normatização permanente, adaptada à realidade das ruas estreitas e sempre repletas de turistas”, explicou. Segundo ela, problemas burocráticos interromperam a confecção das placas de sinalização, que devem ficar prontas ainda neste semestre.
No Largo do Amparo, os buracos e pedras soltas também podem ser vistos. Situação semelhante é encontrada na ladeira do Bonfim e na Quinze de Novembro. O aposentado Juraci Mamede, 64, costuma caminhar pela área. “Apesar de patrimônio, a região passou a ser vista apenas como rota de fuga. É o carro com mais prioridade do que as pessoas”, opinou.
O secretário de Serviços Públicos, Manoel Sátiro, reconhece a ligação entre os automóveis e as falhas no calçamento, mas avalia que a situação está controlada. “São casos isolados e recentes. Tivemos também chuvas fortes e isso agravou alguns locais. A empresa que realiza o trabalho nesta área estava de recesso e vai retomar na próxima segunda-feira. Até o Carnaval, tu do estará remediado”, garantiu.
CIRCULAÇÃO
Entre as saídas estudadas pela prefeitura está a mudança de duplo sentido na rua São Francisco, avenida São Miguel, rua Saldanha Marinho e Bispo Coutinho (Alto da Sé). As quatro podem passar a ser mão única. Além disso, outra proposta é implantar a sinalização de trânsito em toda a Cidade Alta. A longo prazo e ainda sem data definida, o Sítio Histórico também pode ganhar áreas de estacionamento rotativo, conhecidas como Zona Azul.
Fonte: Folha-PE
Na Ladeira da Misericórdia, uma das rotas de acesso ao Alto da Sé, o amontoado de pedras chama a atenção, configurando o quadro de abandono. Para os pedestres, parte do trajeto se tornou impraticável. “A execução é sempre de serviços paliativos, sem materiais que possam dar conta do peso. Não existem reparos periódicos e as crateras só vão aumentando”, criticou o músico Plínio Varjão, de 65 anos. Outro morador que também conhece de perto os problemas da área é o restaurador Jorge Luna, 44. “Já sofremos com insegurança, falta de limpeza e de iluminação. E ainda acabamos disputando espaço com carros de todos os lugares”, disparou. Ele cita gastos em virtude de constantes avarias em seu veículo. “Não existe mola ou suspensão que resista”, disse.
Para fugir dos congestionamentos na Rua do Sol e na avenida Sigismundo Gonçalves, condutores ainda insistem em desviar o caminho pelo Sítio Histórico para chegar mais rápido ao Largo do Varadouro. A diretora de Mobilidade de Olinda, Karla Leite, afirma que, apesar de necessárias, as ações precisam de ampla discussão. “É algo que não dá mais para ser resolvido até o Carnaval. No período da festa, teremos bloqueios específicos. Contudo, a ideia é de posteriormente implantar uma normatização permanente, adaptada à realidade das ruas estreitas e sempre repletas de turistas”, explicou. Segundo ela, problemas burocráticos interromperam a confecção das placas de sinalização, que devem ficar prontas ainda neste semestre.
No Largo do Amparo, os buracos e pedras soltas também podem ser vistos. Situação semelhante é encontrada na ladeira do Bonfim e na Quinze de Novembro. O aposentado Juraci Mamede, 64, costuma caminhar pela área. “Apesar de patrimônio, a região passou a ser vista apenas como rota de fuga. É o carro com mais prioridade do que as pessoas”, opinou.
O secretário de Serviços Públicos, Manoel Sátiro, reconhece a ligação entre os automóveis e as falhas no calçamento, mas avalia que a situação está controlada. “São casos isolados e recentes. Tivemos também chuvas fortes e isso agravou alguns locais. A empresa que realiza o trabalho nesta área estava de recesso e vai retomar na próxima segunda-feira. Até o Carnaval, tu do estará remediado”, garantiu.
CIRCULAÇÃO
Entre as saídas estudadas pela prefeitura está a mudança de duplo sentido na rua São Francisco, avenida São Miguel, rua Saldanha Marinho e Bispo Coutinho (Alto da Sé). As quatro podem passar a ser mão única. Além disso, outra proposta é implantar a sinalização de trânsito em toda a Cidade Alta. A longo prazo e ainda sem data definida, o Sítio Histórico também pode ganhar áreas de estacionamento rotativo, conhecidas como Zona Azul.
Fonte: Folha-PE
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