O ano letivo de 2016 mal começou, e já vem trazendo dor de cabeça para a categoria dos professores da Rede Municipal do Paulista. No ano passado (2015) contrariando as leis municipais e de ordem financeira administrativa, o Prefeito Júnior Matuto (PSB) ordenou a redução do difícil acesso das escolas de 30% para 5% em uma votação secreta, mesmo quando o recurso já estava liberado e tal alteração por lei só poderia acontecer em janeiro.

Na quinta-feira que antecedeu o carnaval (04/02) houve uma plenária na câmara dos vereadores, onde uma comissão do sindicado dos professores de Paulista acompanhou de perto o andamento da plenária.

Porém, de forma proposital e desrespeitosa, os vereadores presentes aprovaram vários projetos de lei, sem a prévia leitura dos mesmos, segundo os integrantes da comissão, eles não ficaram sabendo o teor dos projetos aprovados e foram em busca para saber do que se tratava, no dia (12/02) conseguiram obter os dois projetos de lei (PL) que se referia a educação, os mesmo estudaram e apresentaram aos advogados da classe.

Portanto, foi constatado que o prefeito junto a aprovação dos vereadores resolveram diminuir a gratificação de regência do Professores de 60% para 5%. O mais absurdo dessa pataquada, é que o município, não paga o piso e justamente essa gratificação equiparava o salário ao piso nacional do magistério, piso este que embora é obrigatório, não é cumprido pelos governos. E para minar de vez a situação financeira dos educadores, o plano de cargos e carreiras que proporcionava 5% de aumento a cada três anos, tem agora o percentual de 1%.

Além das péssimas condições de trabalho, com um massacre avassalador de escolas sucateadas, cujo nos últimos tempos educadores e educandos é quem tem mantido a limpeza das instituições, pois segundo informações, de alguns professores municipais a prefeitura não tem renovado contrato com o pessoal de limpeza.

“Quem assiste os alunos lancharem diariamente suco com bolacha seca, tenho me sentindo acuada e apavorada. Professor trabalha com amor, mas o amor não paga as nossas contas. Como dizer aos nossos alunos: estudem pra ser professor? E ouvir deles: Tia, meu pai nunca estudou e o carro dele é melhor que o da senhora. Que pátria educadora é essa? Indignação é a palavra”. Enfatizou a professora Adriana Valério.

De forma responsável e oficial o sindicato estará divulgando os projetos 007 e 008. Todos os encaminhamentos serão discutidos na assembleia marcada para esta terça-feira (16/02) às 8h no Sindicato dos Tecelões, para discutirem os rumos que serão tomados diante dessa decisão abusiva da gestão municipal.

Redação do Informe-PE, Por Rafaela Martins