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quarta-feira, 1 de março de 2017

Mestres de maracatu mostram inspiração durante encontro em Olinda

Olinda recebe encontro de grupos de maracatu rural criado por Mestre Salustiano
A beleza e a força da tradição não estavam apenas nas cores do caboclo de lança e dos componentes dos maracatus de baque solto. Os versos dos mestres ditaram o ritmo das apresentações e despertaram o público para essa manifestação cultural de Pernambuco. Ao longo do 27º encontro estadual, eles cantavam as suas inspirações. Da história do maracatu rural aos problemas do dia a dia, eles comandaram o carnaval, nesta segunda-feira (27), na Cidade Tabajara, em Olinda, no Grande Recife. (Veja vídeo acima)
Para o mestre Barrachinha, do Maracatu Estrela de Ouro, de Buenos Aires, cidade na Zona da Mata Norte de Pernambuco, a arte de cantar não se ensina e nem se aprende. É ofertada. "Você nasce com esse dom. Está no sangue, corre nas nossas veias essa cultura", afirmou.
Caboclocos de lança de maracatu mostraram as cores e a tradição da cultura pernambucana (Foto: Rafael Medeiros/G1PE)Caboclocos de lança de maracatu mostraram as cores e a tradição da cultura pernambucana (Foto: Rafael Medeiros/G1PE)
Caboclocos de lança de maracatu mostraram as cores e a tradição da cultura pernambucana (Foto: Rafael Medeiros/G1PE)
Ele disse que o conto pode ser de protesto e até inspirado na cena mais simples vista na lavoura. "Eu fico de olho. Fico observando a vida e buscando inspiração, mas uso esse espaço para falar da vida sofrida e dos problemas que vivemos".
Aos 63 anos, o mestre Luiz Miguel, do Maracatu Águia de Ouro, de Igarassu, no Grande Recife, declarou que sente a mesma sensação todas as vezes em que se apresenta. "Tenho 33 anos nesse caminhar. Lembro a primeira vez que eu vi. Gostei, comecei a fazer e depois fui encontrando mestres antigos que me ajudaram. Minha maior inspiração é agradar o povo que vem ver. Canto a história do meu maracatu", comentou, com um sorriso tímido no rosto.
Mestre Luiz Miguel é do Maracatu Águia de Ouro, de Igarassu, no Grande Recife (Foto: Thays Estarque/G1)Mestre Luiz Miguel é do Maracatu Águia de Ouro, de Igarassu, no Grande Recife (Foto: Thays Estarque/G1)
Mestre Luiz Miguel é do Maracatu Águia de Ouro, de Igarassu, no Grande Recife (Foto: Thays Estarque/G1)
Cada mestre tem seu jeito e se apresenta de uma forma. Aos 26 anos, o jovem mestre Gil, do Maracatu Águia Misteriosa, de Nazaré da Mata, na Zona da Mata, se balança todo. Técnica que encontrou para fazer a voz tremer mais e ecoar pela arena.
"A gente já nasce com essa vontade e, desde cedo, observa a velha guarda. Ela que nos instiga a seguir os seus passos. Isso é muito importante porque as pessoas envelhecem, mas a tradição não pode morrer", ressaltou.
Em uma mão, a bengala, usada para comandar os passos do maracatu. Na outra, o apito que dita o ritmo. "Mas é na voz e na força que a gente carrega que fazemos o componentes e o povo sentir o poder dessa tradição", explicou o mestre Ivanildo Ferreira, do Maracatu Leão de Ouro, de Nazaré da Mata, ao emendar um verso: "É para vocês que eu trouxe a minha brincadeira".
Fonte: G1 PE

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