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domingo, 15 de julho de 2018

Conselho Escolar ajuda a transformar colégios públicos em Olinda


A Escola Municipal São Francisco funciona em Águas Compridas
Foto: Filipe Jordão/JC Imagem
Da Editoria Cidades

Na cidade de Olinda, no Grande Recife, a família participa das decisões tomadas na escola dos filhos. A compra de um DVD, a reforma de uma quadra esportiva e a definição da política pedagógica do colégio passam pelo crivo de pais, mães e representantes da comunidade que fazem parte do Conselho Escolar de cada instituição.

“Eu quero ajudar e farei o que for necessário. Tenho uma filha na escola e preciso saber o que acontece aqui dentro. Não vou apenas deixá-la no portão e ir embora”, declara Maria Paula Nunes Januário, 37 anos, representante de pais no Conselho da Escola Municipal São Francisco de Assis, no bairro de Águas Compridas.

E ajuda, no caso de Maria Paula, não é apenas um modo de falar. Dois anos atrás, em 2016, quando a São Francisco de Assis deixou de ser um anexo da Escola Ministro Marcos Freire e passou a oferecer turmas da educação infantil, ela lavou salas de aula e tirou poeira dos armários para que o prédio pudesse voltar a funcionar.

O Conselho Escolar, diz ela, aprovou a construção de mais duas salas de aula no colégio, o que possibilitou aumentar a oferta de vagas. Hoje com oito salas, a Escola São Francisco de Assis tem 476 alunos da educação infantil, do 1º ao 5º ano do ensino fundamental e de turmas de Educação de Jovens e Adultos (EJA) do 6º ao 9º ano do ensino fundamental.

A transformação do anexo num educandário independente foi sugerida à Secretaria de Educação de Olinda por um grupo de mães de Águas Compridas, acrescenta o diretor da São Francisco de Assis, Bruno Barreto. Assim como a oferta de vagas para a educação infantil. “A gente sofria muito com a falta de escola para as crianças pequenas”, diz Áurea Gaudêncio Silva de Oliveira, 71, também representante de pais no Conselho Escolar.

Escolas públicas do bairro, segundo Áurea Gaudêncio, não têm turmas para crianças até 5 anos de idade. “A São Francisco é a única, as outras opções são colégios particulares e a gente não consegue pagar a mensalidade”, destaca a conselheira, avó de um menino de 6 anos matriculado no estabelecimento desde 2016.

A pintura do prédio e a construção da cozinha também receberam o aval do Conselho Escolar, formado por pais, alunos, comunidade, professores, funcionários e a direção da escola. “Quando a gente fala com os professores dos nossos filhos e acompanha a escola de perto, o rendimento de todos é melhor”, diz Áurea Gaudêncio.

O conselho, informa Bruno Barreto, define prioridades para aplicar a verba repassada à escola pelo governo federal. “É um dinheiro para compra de material pedagógico (livro e papelaria), material permanente, como computador e armário, e material de expediente”, diz.

AMARO BRANCO
“Nós somos atuantes e estamos cobrando”, declara o bancário aposentado Luiz Gonzaga Gouveia, representante da comunidade no Conselho Escolar da Escola Municipal de Tempo Integral Sagrado Coração de Jesus, no bairro Amaro Branco. “Agora mesmo, queríamos cobrir a quadra esportiva, mas esbarramos no Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e estamos empenhados em fazer uma proposta que tenha condições de ser aprovada”, diz Luiz Gonzaga.

O colégio, com 150 alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental, fica perto da Sé de Olinda, área de preservação histórica. Por isso o projeto depende do Iphan. Maria Beatriz dos Santos, 15, representante dos alunos no Conselho Escolar, também destaca resultados da ações feitas de forma colegiada.

“Conseguimos transferir dois estudantes (dependentes químicos) para outra escola que não é integral, porque eles precisam de acompanhamento num Cras (Centro de Referência da Assistência Social)”, relata Maria Beatriz. Com a solução, explica, os dois jovens passam um turno estudando e o outro em tratamento. “Temos esse tipo de problema na escola, nosso público é vulnerável a drogas”, comenta a diretora do Sagrado Coração de Jesus, Karyna Santana. “O conselho fortalece a escola porque as decisões são tomadas em conjunto”, observa a gestora.

Fonte: Jornal do Comercio.

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