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sábado, 28 de maio de 2016

Forte Orange, mesmo em reforma, abre as portas para receber visitantes

Limpeza resgata a cor natural da muralha que cerca o Forte Orange, na Ilha de Itamaracá / Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
Limpeza resgata a cor natural da muralha que cerca o Forte Orange, na Ilha de Itamaracá
Foto: Ashlley Melo/JC Imagem
Cleide Alves
cleide@jc.com.br
Forte Orange, na Ilha de Itamaracá, ao Norte do Grande Recife, passa por obra de restauração desde outubro de 2014, mas não está de portas fechadas como antes. A fortaleza do século 17 encontra-se parcialmente aberta para receber visitantes, desde o fim de 2015.
“Pela importância da edificação, liberamos algumas áreas e criamos um caminho paras as pessoas percorrerem, sem interferir no andamento do trabalho”, afirma Izabel Urquiza, secretária-executiva do Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur) da Secretaria Estadual de Turismo, Esportes e Lazer.

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Vestígios da casa de pólvora construída pelos holandeses no Forte Orange, na Ilha de Itamaracá (PE)
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Depois de cruzar a porta, o visitante se depara com o canteiro de obras na Praça de Armas, o pátio central da fortificação. Além de acompanhar a intervenção, a distância, é possível subir no baluarte e contemplar o forte e a paisagem.
O primeiro resultado da restauração, a limpeza das muralhas, já é visível para o público. Com a remoção da sujeira, as pedras voltaram à cor de origem. “Muita gente pensa que pintamos a muralha. Isso não aconteceu, aquele é o tom natural”, declara Izabel.
De acordo com ela, a empresa contratada para fazer o serviço vai recuperar as edificações existentes na área interna do forte e construir uma estrutura metálica para as pessoas observarem a porta holandesa resgatada na pesquisa arqueológica, sem danificar o achado.


A porta de entrada do forte holandês, construído em 1631, estava escondida debaixo de 1,2 mil toneladas de areia no terrapleno, área aterrada entre a muralha e a contramuralha. Foi encontrada em 2003 pela equipe do Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Inicialmente feito de areia e tábua (taipa), o Forte Orange integrava o sistema de defesa do litoral brasileiro no período holandês (1630-1654). A fortaleza foi reconstruída pelos portugueses em 1696 e reformada em 1777. Ao escavar o local, o arqueólogo Marcos Albuquerque constatou que a edificação holandesa estava debaixo da portuguesa.
“Os achados arqueológicos ficarão expostos no forte”, avisa Izabel. Isso inclui desde fragmentos de cachimbos até a porta flamenga, a casa de pólvora e a cacimba que abastecia a tropa, todas descobertas pela equipe de Marcos Albuquerque.
A obra, orçada em R$ 11 milhões (valor reajustado) estava prevista para terminar no fim de 2015, mas em função de adequações no projeto o prazo teve de ser prolongado para 2017. Os recursos são do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Izabel acrescenta que o Prodetur também está recuperando a PE-35, rodovia estadual de acesso ao forte, no trecho Igarassu-Itapissuma. “Vamos pleitear ao Ministério do Turismo a restauração da ponte que liga Itapissuma a Itamaracá e do restante da rodovia, numa ação conjunta com a Secretaria Estadual de Transportes.”
A fortaleza, à beira-mar da ilha, é tombada pela União desde 1938 e recebe visitas da terça-feira ao domingo, das 9h30 às 17h. Caberá ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e à Prefeitura de Itamaracá definir a nova ocupação do forte.
Fonte: Jornal do Comercio

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