METRO NORTE

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quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Famílias invadem prédios condenados em Olinda


Grupo invadiu dois edifícios em Rio Doce, Olinda
Grupo invadiu dois edifícios em Rio Doce, OlindaFoto: Arthur de Souza/ Folha de Pernambuco
Pelo menos 24 famílias invadiram dois prédios do conjunto residencial JK, na 4ª etapa de Rio Doce, em Olinda, Grande Recife, por volta das 14h desta quarta-feira (23). Os prédios estão desocupados há pelo menos nove anos e correm risco de desabamento. O grupo saiu dos edifícios, pacificamente, cerca de três horas depois, após conversas com policiais.

As famílias chegaram com baldes, vassouras e produtos de limpeza para organizarem os apartamentos antes de realizarem a mudança completa. No momento, havia apenas um vigilante da empresa que faz a segurança dos prédios, a Asa Branca. O funcionário então acionou a Polícia Militar, e uma equipe do Grupo de Apoio Tático Itinerante (Gati) do 1° Batalhão foi enviada ao local. 

A maior parte das famílias mora em Olinda e estão vivendo de favor na casa de parentes e amigos, como a doméstica Maria Helena da Silva, 39 anos. Ela mora com o filho de 7 anos e o neto de 2 num quarto na casa de uma amiga. "Eu não tenho condições de pagar aluguel, e quando soube que viriam ocupar, decidir vir também", disse.

Tatiane Ferreira está desempregada há um mês e por isso está morando na casa da mãe, no bairro do Janga, em Paulista, também no Grande Recife, com a filha de 17 anos que está grávida, o esposo da adolescente e um filho de 20 anos. "Soube da ocupação por amigos, pois estou cuidando de uma criança aqui no bairro. Aqui tem energia e água, e pelo que sei não tem risco de desabar", comentou.

No entanto, segundo o funcionário da Asa Branca, os prédios foram desocupados porque estão condenados a cair. O viliante explicou ao portal FolhaPE que a seguradora Sul América paga auxílio moradia aos antigos proprietário por força de decisão judicial e contratou a Asa Branca para fazer a segurança dos imóveis.

Mesmo com esse risco, o autônomo Clébson do Carmo preferiu tentar invadir o prédio com a esposa Edilma e os três filhos. É que o prédio onde ele mora, em Olinda, também está condenado a cair. "Nós ocupamos ali também, estava abandonado. Só que agora abriu uma rachadura muito grande lá e precisamos de um lugar para morar. Aqui não tem ninguém, e os vizinhos reclamam que está virando ponto de venda de drogas e prostituição", disse.

A comerciante Nete dos Santos mora próximo ao conjunto residencial e garantiu que o local está bastante inseguro. "A gente vê tráfico de drogas aqui, jovens de 12, 13 e 14 anos praticando sexo. Os vigilantes só vêm aqui para dormir. Prefiro essas famílias ficaram aqui do que este abandono", afirmou.

As famílias disseram à reportagem que querem permanecer no térreo dos prédios, com a intenção de chamar a atenção da Prefeitura de Olinda. Eles querem ajuda do Governo municipal para conseguir um lugar para morar.
Fonte: Folha de Pernambuco.

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