Moradores do Bairro de Arthur Lundgren I, em Paulista, próximo ao Rio Paratibe, sofrem com as enchentes causadas por qualquer chuvinha na localidade, a água suja invadem as casas, e as pessoas perdem móveis, eletro doméstico, entre outras coisas pessoais e ainda ficam ilhados em suas próprias casas, reclama o estudante Álvaro Silva de 22 anos.
A Prefeitura de Paulista iniciou em agosto de 2014 o serviço de desassoreamento do rio, que prometia resolver o problema da população, a obra que foi orçada em R$ 28 milhões, deveria ser concluída em um ano e entregue neste mês de agosto, mas se arrasta sem previsão de conclusão, apesar do trabalho não estarem parados, poucos homens estão engajados no serviço, que prevê ainda a construção de duas pontes nas comunidades do Banheiro do Soldado e do Barão.
A retirada da areia e dejetos do rio é feito apenas por uma escavadeira hidráulica. “Esse negócio aí, é só enrolação, pura conversa fiada, mais lenta que uma tartaruga essa obra. E agora o negócio ficou pior com essa dengue, zika ea tal da chicungunha. Lá em casa todo mundo já teve chicungunha, é muita gente doente aqui”, reclama o morador José Pedro Figueira (66).
De acordo com o secretário de Infraestrutura de Paulista, Tiago Magalhães, a obra é financiada pelo Governo Federal, através do Ministério da Integração, e o repasse de recursos está atrasado. “A prefeitura está se esforçando para não parar a obra, mas do valor total (R$ 28.413.569,13), apenas cerca de R$ 5 milhões foram repassados pelo Governo Federal até agora”, justifica o secretário.
O mesmo ainda relata que o convênio previa que os pagamentos fossem realizados em três parcelas, entre agosto de 2015 e 2016, mas com a crise econômica, a acordado não foi cumprido. “Desde o ano passado, o Governo repassava cerca de R$ 500 mil por mês, mas há três meses os repasses pararam. Acompanhei o prefeito Júnior Matuto na semana passada, durante visita ao ministro Helder Barbalho, em Brasília, que prometeu buscar uma solução e fazer um novo cronograma de desembolso”, explicou, sem dar prazos para a conclusão da obra.