Com base em denúncias postadas nas redes sociais em relação a um suposto lançamento de esgosto da Praia do Pilar, na Ilha de Itamaracá, o Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça em defesa do Meio Ambiente (Caop Meio Ambiente) realizou uma vistoria técnica no local, na última segunda-feira (21), para averiguar a situação.
"O canal de drenagem deveria receber apenas água de chuva. Porém, na vistoria, ficou claro que a população tem feito ligações clandestinas de fossas ou águas servidas, fazendo com que esse efluente produza contaminação ambiental", explicou o coordenador do Caop Meio Ambiente, o promotor de Justiça André Felipe Menezes.
Segundo Menezes, o lançamento do esgoto doméstico bruto, assim como dos resíduos sólidos, torna a praia imprópria para banhos e recreação, trazendo riscos para a saúde da população. "Além disso, as caixas de visita abertas facilitam o lançamento de lixo pelos transeuntes, devendo ser buscadas uma alternativa para fechamento pelo município", comentou o promotor.
Em relação à presença de esgoto, o coordenador do Caop Meio Ambiente destacou que cabe ao órgão municipal realizar a indentificação dos responsáveis pelo lançamento, providenciando o tamponamento dessas ligações e demais medidas necessárias. De todo modo, o município deve necessariamente proceder à limpeza do canal de drenagem antes de destinar a água drenada para o mar, do contrário poderá incorrer no crime de poluição pelo lançamento de efluente poluído.